A osteoporose que surge com o envelhecimento é um problema de saúde pública nos nossos tempos. Uma em cada duas mulheres terá chances de desenvolver a doença após a menopausa. O risco de fraturas aumenta com o agravamento da doença e isso impacta na morbidade e mortalidade da osteoporose.
E uma fratura do colo do fêmur pode ser tão ou mais mortal do que um infarto do miocárdio! Por isso é tão importante tomarmos os devidos cuidados no sentido de melhorar a saúde dos ossos.
A manutenção da saúde dos ossos ocorre através de um processo de remodelação óssea contínuo, através da interação harmoniosa entre 3 tipos de células: 1- OSTEOBLASTOS - que fabricam a matriz óssea nova, 2- OSTEOCLASTOS - que reabsorvem o osso e 3 - OSTEÓCITOS - que mediam o remodelamento ósseo. A osteoporose surge justamente quando o processo de remodelamento ósseo entra em desequilíbrio.
A interação com radicais livres é um dos possíveis motivos que levam a este desequilíbrio. A formação de radicais livres ocorre resídualmente nos processos metabólicos ou quando quando são utilizadas substâncias como o álcool e o cigarro.
Os radicais livres sinalizam para os osteoclastos que devem se diferenciar e absorver mais osso. Além disso, o estresse oxidativo causado por estes mesmos radicais livres também inibe a produção de maior quantidade de osso novo por parte dos osteoblastos.
Portando, a densidade óssea nos seres humanos está associada ao STATUS OXIDATIVO.
E é exatamente aqui que o azeite de oliva extravirgem DE VERDADE entra. Com a presença abundante de ômega-9, tirosol, oleuropeina e oleocantal além de outros polifenóis, a capacidade antioxidante do azeite extravirgem de verdade é ENORME!
As evidências científicas do impacto positivo que o azeite de oliva extravirgem têm sobre o metabolismo ósseo são crescentes, e o seu papel na prevenção da osteoporose é promissor.
Diversos estudos em animais mostram a eficácia da ingesta de azeite de oliva na prevenção de perda óssea em modelos animais de osteoporose pós-menopausa. Entretanto, não existem estudos semelhantes relativos à deficiência de testosterona.
Com relação à trials em humanos, dispomos de 3 estudos relevantes. O mais relevante deles, chamado de PREDIMED (Prevencion con Dieta Mediterranea) observou que o consumo de 50 ml de azeite de oliva extra virgem de verdade todos os dias foi capaz de aumentar a presença de marcadores de remodelamento ósseo no sangue. (p=0,02).
Um segundo estudo evidenciou o aumento de massa óssea após um ano no grupo que consumiu 50 ml de azeite de oliva diariamente, em comparação com o grupo controle, que não consumiu nada. A amostra nesse grupo foi pequena e não houve a criação de um grupo placebo.
O potencial do azeite de oliva extravirgem de verdade se tornar uma medida adjuvante para diminuir a perda óssea causada pela osteoporose é promissor. O efeito protetor é atribuído aos seus poderosos antioxidantes, que são capazes de interferir no desequilíbrio causado pelos radicais livres e diminuir o estresse oxidativo, melhorando a homeostase óssea.
Estes dados são suportados por estudos pré-clínicos com modelos animais e um número limitado de estudos em humanos. Estudos mais robustos são necessários para elucidarmos mais alguns aspectos dos seus efeitos e para corroborarmos o uso do azeite de oliva extravirgem de verdade como um adjuvante eficaz na prevenção da osteoporose.